Twittando...

    Me siga no Twitter!!! =D
    Mostrando postagens com marcador O Paraíso das Asas. Mostrar todas as postagens
    Mostrando postagens com marcador O Paraíso das Asas. Mostrar todas as postagens

    29/10/2009

    Tomando vergonha na cara, e postando...

    E aí, pessoas! Tudo certo? ^^
    Tá, eu sei que deveria estar postando no meu blog e que não deveria tê-lo abandonado (mesmo havendo pouquíssimos leitores), mas é que viciei no Twitter. Minha vida toda tá lá. HUHUAUHA

    Mas enfim... vou contar algumas novidades que têm me ocorrido.

    Minha gata esteve doente. Mal se recuperou do acidente e ficou com granuloma. D: Trata-se de uma doença ocasionada pela própria oscilação da imunidade do animal. Surge como um pequeno corte, depois transforma-se numa necrose e come a carne, literalmente. Horrível. E a Ísis teve isso no focinho. T_T

    Eu a levei e foi preciso fazer um tratamento. O bom é que ela praticamente tá curada (e a cura foi facilitada porque estamos tratando ela desde o início da doença), e o machucado tá quase imperceptível. Tenho problemas pra chegar lá na clínica veterinária, visto que é um lugar longe (confio mais neles do que outros veterinários)... então, ontem, quarta-feira, a veterinária me ensinou a aplicar injeção nela, para eu não precisar voltar lá no domingo!!! *_____* Nunca imaginei que fosse tão fácil! Daí tô com o medicamento em uma seringa aqui, é só domingo chegar que a Ísis vai levar mais uma agulhada (tadinha, né.). xDDD

    E falando na veterinária, putz. Eu sei, é ridículo, mas estou sofrendo uma apaixonite aguda por ela. Definitivamente, homem insiste em não saber se a mulher em questão está sendo apenas educada e gentil, ou se está flertando. HUAHUAHUAHUAHUA

    Agora tô ouvindo o álbum Symphony, da Sarah Brightman. Sabem, estou atribuindo notas a todos os meus álbuns, então, em breve, vou postar aqui os 10 álbuns que mais gosto e os que menos gosto, com uma resenha e tudo. Mas vai demorar ainda.

    Ahh, na terça-feira fiz entrevista numa micro-empresa (quando eu digo micro, acreditem. Deve ter no máximo 5 pessoas). Se chama TecnoPhar, e é uma empresa de suporte técnico e consultoria voltado às farmácias. Preciso de um estágio urgente. D:

    Ah, tô terminando de ler A Sociedade do Anel. =DDDDDDDD

    Ah, quanto ao meu conto do Paraíso das Asas, bem, eu desisti. Descobri que ele ia se transformar em um conto pornô (sério!!! HAHA) e lembrei que não gosto disso. xDDD

    07/08/2009

    O Paraíso das Asas, Pt. 3

    TEMPESTADE
    Logo estávamos na baía Granada. Os navios lá atracados subiam e desciam com o movimento das águas. Gritamos por ajuda, mas nada adiantou. Todos se refugiaram da chuva e o porto estava deserto. Relutantemente, lutamos contra a correnteza que nos puxava para o oceano, mas logo desistimos; a força do mar era implacável e percebemos que era inútil utilizar os remos.

    Em questao de minutos que pareceram uma eternidade, o porto sumira. Estávamos em alto mar, e só Deus sabia onde estávamos. Ou não.

    As ondas tornavam-se cada vez mais altas e nos atingiam com certa violência. Segurávamos nas bordas do barco com toda a força que dispúnhamos, até que uma onda nos atingiu e meu pai foi arremessado fora do barco.

    Em meio ao desespero, gritei pelo meu pai e por socorro, mas era bafado pelo som das violentas águas. Eu estava sozinho e atordoado; olhava inutilmente para a água, na esperança de encontrá-lo, mas nada vi, somente uma batalha entre o mar espumante e o negro céu.

    Até que dentre as pesadas nuvens negras surgiu uma fenda de luz; meu momento solene chegara? Os céus me resgatariam, ou me levariam?

    Acordei. Minha cabeça doía. Minha garganta ardia por causa da água salgada. Havia areia em minha boca e em meu corpo. A cada movimento, meu peito doía. Olhei ao redor e me dei conta de que estava em uma praia. O céu ainda estava escuro e as águas ainda batiam em minhas pernas. Me arrastei com os braços, fugindo das águas, e novamente adormeci.

    27/07/2009

    O Paraíso das Asas, Pt. 2

    O PESCADOR
    Saímos da igreja. Andrei convencera mais dois amigos a irem conosco pescar, mas eles apareceriam no local combinado somente à tarde. Fomos com a velha charrete ao O Pescador, onde podíamos alugar barcos, varas de pesca com iscas e outros itens, como baldes, e caixas de cerveja. Outros amigos de meu pai nos esperavam logo na entrada.

    - Que rapagão o Amadeu, hein? Desse jeito vai ter que fugir das meninas! -, brincou Robert para meu pai; ele o conhecera na juventude, quando serviam a Marinha. Meu pai foi marinheiro, mas mesmo assim, o mar ainda o fascinara em seus quase cinquenta anos.

    Haviam outros conhecidos, mas não sabia seus nomes apesar de conhecê-los por tantos anos. Todos nós nos reuníamos no O Pescador todo fim de mês.

    Alugamos tudo que nos era necessário e logo estávamos no mesmo bote que costumávamos navegar.

    O rio era extenso, tanto no comprimento como na largura; o São Joaquim nascia nos distantes vales e morria na baía Granada.

    A essa altura, o tempo estava fechando, mas mesmo assim, não demos atenção ao alerta da natureza. Utilizamos os remos para ficarmos em um ponto estratégico, mais precisamente, bem no meio do rio. Os outros botes pareciam distantes.

    Conforme as horas prosseguiam, íamos fisgando muitos peixes. Não importa se pescaríamos vários, pois dividiríamos a pesca com nossos vizinhos.

    Começou a ventar. E o rio, sereno que faz jus ao nome de santo, começou a agitar-se. Demorou para percebermos que a corrente estava nos arrastando rio abaixo, para o mar.

    Trovoadas surgiam com tanta violência como sumiam. E em questão de segundos, estávamos encharcados com a tempestade. Os outros barcos haviam sumido.

    - Vamos voltar!!! – disse meu pai, eufórico.

    - Vamos logo! – concordei subitamente.

    Mas era tarde demais. Quatro remos não eram páreos para a força das águas.

    24/07/2009

    O Paraíso das Asas, Pt. 1

    A MISSA

    Em uma manhã de domingo, lá estava eu, em uma missa. A modesta igreja ficava no centro de uma praça redonda, com árvores frutíferas ao seu redor. O sol brilhava ressurgindo no horizonte, anunciando que aquele dia seria bem quente.

    Eu nunca gostei de missas. Talvez fosse devido ao presunçoso padre que sempre atrasava seus compromissos religiosos; talvez fosse devido a minha mãe, católica fervorosa que me obrigava a ir durante toda a minha infância. De qualquer forma, os sermões do padre nunca me chamaram atenção.

    Como sempre, eu contemplava a suntuosa vidraça que emitia uma luz radiante, com figuras de anjos abatendo os demônios e acima das nuvens, lá estava a Imaculada Maria com o menino Jesus em seus braços, envolto de um manto branco. Essas imagens me intrigavam e eu sempre ficava imaginando épicas batalhas celestiais, cuja ira de Deus sempre deixaria seus inimigos por terra.

    E finalmente, antes da oração final em latim, ouço a única frase que ecoou em minha mente: o Senhor nunca nos abandonaria. E acreditei na promessa até que aquele dia chegou.

    Ao terminar as últimas palavras da oração, fui o primeiro a levantar-me. Estava impaciente. Aquele dia seria especial, afinal, meu pai me prometera que me levaria para pescar no rio São Joaquim. Apesar dos meus dezoito anos, meu pai nunca me deixou navegar sozinho naquele rio que desagua no mar. Dizia ele que era perigoso.

    Saí alegremente da igreja e fiquei satisfeito com os céus. Aquele dia seria perfeito. Um cheiro de orvalho pairava sobre o ar, e o chão ainda estava úmido, pois chovera na noite anterior. Mas naquele momento, me senti sozinho na porta da igreja, em frente à escada gasta. Olho para dentro e lá estava meu pai, conversando com amigos. Corri para dentro e o puxei pelo braço.

    – Vamos logo! – clamei.

    – Calma, moleque! – ele ria.

    Em todo fim de mês, meu pai me levava para pescar com vários amigos. E naquele dia não seria diferente. Eu estava alegre, mesmo que nesse domingo tenha completado 3 anos em que minha mãe falecera de câncer.