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    07/08/2009

    O Paraíso das Asas, Pt. 3

    TEMPESTADE
    Logo estávamos na baía Granada. Os navios lá atracados subiam e desciam com o movimento das águas. Gritamos por ajuda, mas nada adiantou. Todos se refugiaram da chuva e o porto estava deserto. Relutantemente, lutamos contra a correnteza que nos puxava para o oceano, mas logo desistimos; a força do mar era implacável e percebemos que era inútil utilizar os remos.

    Em questao de minutos que pareceram uma eternidade, o porto sumira. Estávamos em alto mar, e só Deus sabia onde estávamos. Ou não.

    As ondas tornavam-se cada vez mais altas e nos atingiam com certa violência. Segurávamos nas bordas do barco com toda a força que dispúnhamos, até que uma onda nos atingiu e meu pai foi arremessado fora do barco.

    Em meio ao desespero, gritei pelo meu pai e por socorro, mas era bafado pelo som das violentas águas. Eu estava sozinho e atordoado; olhava inutilmente para a água, na esperança de encontrá-lo, mas nada vi, somente uma batalha entre o mar espumante e o negro céu.

    Até que dentre as pesadas nuvens negras surgiu uma fenda de luz; meu momento solene chegara? Os céus me resgatariam, ou me levariam?

    Acordei. Minha cabeça doía. Minha garganta ardia por causa da água salgada. Havia areia em minha boca e em meu corpo. A cada movimento, meu peito doía. Olhei ao redor e me dei conta de que estava em uma praia. O céu ainda estava escuro e as águas ainda batiam em minhas pernas. Me arrastei com os braços, fugindo das águas, e novamente adormeci.